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Condições de trabalho | 19/01/2022
Movimento sindical questiona Santander sobre abertura no sábado e Fetrafi-RS divulga carta aos usuários do Banco

Após o anúncio, pela TV, de que os trabalhadores e trabalhadoras do Santander teriam que trabalhar neste sábado, 22 de janeiro, para atender à campanha "Desendivida", o movimento sindical questionou a nova direção do Banco. A decisão foi tomada de forma arbitrária, sem nenhuma negociação com os sindicatos ou mesmo comunicado prévio aos funcionários do Banco e desrespeitando a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e a própria CLT - Consolidação das Leis do Trabalho. 

Diante do fato, diversas entidades sindicais divulgaram ao longo desta quarta-feira, 19 de janeiro, uma carta aberta ao novo presidente do Santander, Mario Roberto Opice Leão. Além disso, por julgar necessário esclarecer a sociedade sobre os motivos dos(as) trabalhadores(as) não aceitarem essa arbitrariedade, a Fetrafi-RS torna pública uma carta aberta também aos(as) clientes do Banco, na qual explica os pontos de conflito na relação entre a empresa e os(as) empregados(as). Leia a carta:

CARTA ABERTA AOS USUÁRIOS DO BANCO SANTANDER

A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul e os Sindicatos de Bancários do Estado pedem licença às pessoas que usam os serviços do Santander, para manifestar sua inconformidade com o modo desrespeitoso como o banco trata os seus empregados(as), em especial no episódio que envolve a abertura das agências no sábado próximo.
A referida inconformidade decorre dos seguintes fatos:

1º) Os empregados(as) do Banco Santander ficaram sabendo da necessidade de trabalho extra no sábado próximo, por meio de um programa televisivo, em que foi anunciada a abertura das agências em todo o Brasil. Com esta atitude, o Santander quebrou uma tradição das relações entre os bancos e seus empregados, que prioriza o diálogo e, sobretudo, o respeito com quem trabalha cotidianamente para trazer volumosos lucros para os banqueiros.

2º) A negativa de dialogar com os seus empregados antes de impor um enorme trabalho extra, não só quebrou uma tradição democrática na relação capital/trabalho, mas também descumpriu a cláusula 67 da Convenção Coletiva dos Bancários(as), que estabelece que as representações dos trabalhadores e dos banqueiros devem manter Negociações permanentes para evitar que os conflitos sejam agravados.

3º) Além de impor um trabalho extra em âmbito nacional, sem nenhum diálogo com a representação de seus empregados(as), o Banco Santander já anunciou que NÃO VAI PAGAR AS HORAS EXTRAS que forem trabalhadas, e sim vai compensá-las, sem respeitar o necessário “encontro de interesses” previsto no artigo 59 da CLT.

A entidades que representam os trabalhadores(as) pedem a compreensão dos usuários desta instituição financeira, por demonstrarem, de modo franco estes assuntos que, em princípio, deveriam ser restritos ao mundo do trabalho, mas que trazem à tona a relação abusiva do Santander com seus empregados, tal como são abusivos os juros que cobra de seus clientes.

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